Dia Internacional da Mulher 2021
No ano passado, o mundo pesquisou por a primeira mulher como nunca antes.1
Na política, nas ciências, nos esportes e nas artes: as mulheres fizeram a sociedade avançar ao longo da história. Durante o último ano, o mundo viu mulheres inovadoras que superaram os obstáculos atuais para fazer o que nunca tinha sido feito antes.
Como pioneiras, essas mulheres seguem os passos de muitas outras: mulheres que lutaram para conquistar seu espaço, mas não tiveram as mesmas oportunidades de eliminar as barreiras. Algumas pioneiras fizeram algo incrivelmente novo, enquanto outras estão recebendo um reconhecimento tardio. Coletivamente, e em todo o mundo, essas pioneiras criaram um legado notável para as gerações futuras.
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, estamos comemorando as mulheres inovadoras que abriram caminhos e quem elas inspiram.
"Embora seja inspirador ver onde as mulheres chegaram, é importante lembrar que ainda há uma longa jornada pela frente. Enquanto celebramos as 'primeiras' da história, estamos trabalhando para garantir que muitas outras trilhem esses caminhos."
Lorraine Twohill, CMO do Google e especialista no painel do Desafio de Impacto do Google.org
Desafio de Impacto do Google.org
O Desafio de Impacto do Google.org para mulheres e meninas doará US$ 25 milhões a organizações que criam oportunidades para que mulheres e meninas prosperem, capacitando-as para superar os próprios potenciais econômicos.
Mulheres na ciência
A primeira mulher a vencer o Prêmio Nobel
Marie Curie
Marie Curie venceu o Prêmio Nobel de Física em 1903 e o de Química em 1911, tornando-se a primeira mulher a ganhar um Nobel e a primeira pessoa a receber o prêmio duas vezes.
As oportunidades para mulheres nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), hoje se devem em grande parte à perseverança de Marie Curie que, por ser mulher, não foi inicialmente considerada para o prêmio Nobel de 1903, mesmo tendo desempenhado um papel fundamental na pesquisa em radioatividade. Outras mulheres também mostraram a mesma perseverança de Curie, como as primeiras astronautas, que lutaram para ser tratadas com o mesmo respeito que os colegas homens, e as inúmeras mulheres que dedicaram as próprias vidas às ciências, mesmo que os trabalhos delas talvez nunca sejam amplamente reconhecidos.
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Treinamentos focados no desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres.
As oportunidades para mulheres nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), hoje se devem em grande parte à perseverança de Marie Curie que, por ser mulher, não foi inicialmente considerada para o prêmio Nobel de 1903, mesmo tendo desempenhado um papel fundamental na pesquisa em radioatividade. Outras mulheres também mostraram a mesma perseverança de Curie, como as primeiras astronautas, que lutaram para ser tratadas com o mesmo respeito que os colegas homens, e as inúmeras mulheres que dedicaram as próprias vidas às ciências, mesmo que os trabalhos delas talvez nunca sejam amplamente reconhecidos.
Em 2020, somente 23 dos 622 Prêmios Nobel concedidos na área de ciências foram para mulheres.
Mesmo com os obstáculos ainda enfrentados por mulheres que buscam carreiras na área de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), a contribuição feminina nesses campos é inegável. Em 2020, Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna venceram o Prêmio Nobel de Química pelo trabalho no desenvolvimento de uma técnica de engenharia genética chamada de CRISPR. Curiosamente, foi a primeira vez que o prêmio foi compartilhado por duas mulheres, sem participação masculina.
"Entre mulheres e meninas, às vezes há uma sensação de que não importa o que você faça, o trabalho não será reconhecido como o de um homem. Espero que este prêmio mude isso pelo menos um pouco e que encoraje outras mulheres… Que ajude elas a perceber que o trabalho delas pode ser reconhecido e ter um impacto real."
Jennifer A. Doudna, laureada com o Nobel
Veja como Gitanjali desenvolveu uma invenção para detectar chumbo na água potável de Flint, Michigan, nos EUA.
De vacinas que salvam vidas a inovações tecnológicas, as mulheres desempenharam papéis fundamentais nos avanços mais impactantes de 2020. Özlem Türeci apareceu nos noticiários de todo o mundo como cofundadora da BioNTech, empresa alemã que firmou parceria com a Pfizer para desenvolver a primeira vacina contra a COVID-19 autorizada nos EUA.
Também em 2020, Gitanjali Rao foi nomeada pela revista Time como a primeira Criança do Ano por usar tecnologia para resolver problemas como contaminação de água potável, vício em opioides e bullying virtual. A equipe de engenharia do Google Jigsaw, liderada por Lucy Vasserman, desenvolveu idiomas internacionais para a Perspective, uma tecnologia usada por diversas plataformas e editores para identificar e moderar comentários tóxicos.
Essas são somente algumas das milhares de mulheres em todo o mundo que não apenas inspiram uma geração de meninas ao trabalhar com ciência, mas também criam um mundo mais saudável, seguro e inclusivo para todos nós. Veja mais histórias inspiradoras sobre o impacto de mulheres na ciência e em outras áreas no Google Arts & Culture.
Nos últimos seis meses, o interesse global em pesquisar por mulheres na ciência atingiu o maior pico em dez anos.2
Mulheres nos negócios
Uma das primeiras mulheres a se tornar milionária por conta própria
Madam C.J. Walker (Sarah Breedlove)
Madam C. J. Walker, nascida Sarah Breedlove, é uma das primeiras mulheres no mundo a conquistar mais de US$1 milhão com a empresa que fundou em 1910, a Madam C. J. Walker Manufacturing Company. Além de superar ideias sexistas ao criar um negócio próprio, Walker também combateu a discriminação racial e teve um papel fundamental no movimento para acabar com o racismo, o colonialismo e o imperialismo, dando o exemplo para muitas mulheres que hoje enfrentam esses mesmos desafios.
Walker faz parte de uma longa linhagem de mulheres que prosperaram nos negócios, o que inclui as ambiciosas mercadoras do Sudeste Asiático e da África pré-colonial, as comerciantes pioneiras da Londres do século XVIII e ícones como Helena Rubinstein e Margaret Rudkin (fundadora da Pepperidge Farm), donas de startups que cresceram e hoje são empresas globais.
Essas mulheres abriram o caminho para aumentar progressivamente o número de mulheres proprietárias de empresas em todo o mundo.
De acordo com dados recentes, uma em cada três empresas em todo o mundo pertence a uma mulher3. Nos EUA, 21% de todas as empresas de mulheres pertencem a empresárias negras.4
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Embora toda mulher que cria seu próprio negócio conheça as dificuldades, os obstáculos encontrados pelas empresas por causa da pandemia global são os piores do último século. E as mulheres, principalmente as negras, são um dos grupos mais afetados, com taxas de desemprego mais altas e maior pressão econômica devido ao aumento das responsabilidades domésticas e da discriminação racial.5
"2020 foi um ano bom, mas com muitas lições aprendidas", diz Betsy Mikesell, cofundadora da Beddy’s, uma empresa de roupas de cama em West Jordan, Utah, nos EUA. "Ao longo do ano passado, aprendemos a importância da presença on-line". Fatima Alvarez é cofundadora da Someone Somewhere, uma empresa de roupas que trabalha com mais de 180 artesãos em cinco estados do México. "Quando penso no que me faz continuar, é o trabalho que realizamos. Sei que estamos ajudando as pessoas, e não desistirei delas", diz ela.
Mesmo com a tensão dos últimos 12 meses, o progresso das mulheres nos negócios dá muitas esperanças para o futuro. Em janeiro de 2021, o governo da Alemanha aprovou um projeto de lei que exige que empresas listadas em bolsa de valores com uma diretoria de mais de três membros precisam ter pelo menos uma mulher nessa diretoria. Além disso, Janet Yellen foi nomeada como a primeira mulher secretária do tesouro dos Estados Unidos.
Fatima Alvarez, cofundadora da Someone Somewhere
"Quando as mulheres têm sucesso, a vitória é de todos. É preciso apoiá-las e garantir que elas tenham as ferramentas para continuar buscando o progresso e se tornar as líderes que nasceram para ser."
Bonita Stewart, vice-presidente de parcerias globais do Google
Mulheres nos esportes
A primeira mulher a escalar o Monte Everest
Junko Tabei
Junko Tabei foi uma montanhista, autora e professora japonesa. Em 1975, ela se tornou a primeira mulher a chegar ao topo do Monte Everest. Antes de falecer em 2016, ela também se tornou a primeira mulher a escalar os sete cumes, as montanhas mais altas de cada continente. As mulheres atletas de hoje continuam abrindo novos caminhos, elevando o padrão para todos.
Tradicionalmente, as habilidades atléticas das mulheres são vistas como inferiores às dos homens. Entretanto, a história está cheia de mulheres poderosas que superaram limites físicos e, com isso, fizeram a sociedade avançar. Em 1926, Gertrude Ederle se tornou a primeira mulher a atravessar a nado o Canal da Mancha, batendo o recorde do homem mais rápido em quase duas horas. Em 1967, Kathrine Switzer, aos 20 anos, tornou-se a primeira mulher a correr oficialmente na Maratona de Boston, mesmo tendo que lutar contra um árbitro da competição que tentou impedi-la fisicamente.
Nos últimos 50 anos, mais de 700 mulheres escalaram o Monte Everest, 629 atravessaram a nado o Canal da Mancha e 7 enterraram a bola na cesta em jogos da WNBA.
O interesse global em pesquisar por "first woman to climb mount everest" (primeira mulher a escalar o Monte Everest) atingiu uma alta histórica no ano passado.6
Hoje, mulheres atletas ainda desafiam a noção de esporte e masculinidade, e muitas vezes são tratadas injustamente por serem mulheres: em 2020, apenas duas apareceram na lista de atletas mais bem pagos do mundo.7
Mesmo assim, há vitórias para comemorar. Em novembro de 2020, o Miami Marlins contratou Kim Ng como diretora-geral, e ela se tornou a primeira mulher no cargo na história da Major League Baseball.
Kim Ng, a primeira mulher diretora-geral na história da Major League Baseball
"Nunca achei que conseguiria escalar o El Capitan em um único dia quando criei essa meta para mim… Mas foi por isso mesmo que escolhi tentar. Sonhos impossíveis nos desafiam a nos superar para ver se conseguimos nos tornar versões melhores de nós mesmas."
Emily Harrington
O que o Google está fazendo
Estamos lutando por um futuro onde haja igualdade em todo o mundo, oportunidades iguais de sucesso em todas as áreas e em que as mulheres estejam seguras on-line e no mundo real. Além disso, seguimos comprometidos em criar igualdade no ambiente de trabalho e, com isso em mente, o Google se comprometeu com a meta de melhorar a representação de grupos sub-representados em papéis de liderança em 30% até 2025.
1.Baseado em dados do Google Trends de janeiro de 2021 ao medir o interesse em pesquisar pelas frases "the first woman" (a primeira mulher) e "first woman" (primeira mulher) em inglês entre janeiro de 2004 e dezembro de 2020.
2.Baseado em dados do Google Trends de janeiro de 2021, ao medir o interesse de pesquisa no Google entre janeiro de 2004 e dezembro de 2020. Como "mulheres na ciência" é um assunto, o interesse é medido em todos os idiomas compatíveis com o Google.
3.Banco Mundial, 2020
4.Relatório State of Women-Owned Businesses, da American Express, 2020
5.Center for American Progress, 2020
6.Baseado em dados do Google Trends de janeiro de 2021, ao medir o interesse de pesquisa em inglês entre janeiro de 2004 e dezembro de 2020.
7.Forbes, 2020
Ilustrações de Kate Gibb
Nesta história: oportunidade, Pesquisa, mulheres, cultura, empreendedores, inovação, Google.org, pequenas empresas
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